Poemas de Ilona Bastos - Dançante o meu olhar, que é Céu; Quando a noite está quente; Versos em fuga
Poemas de Ilona Bastos - Dançante o meu olhar, que é Céu; Quando a noite está quente; Versos em fuga
Dançante o meu olhar, que é Céu
As nuvens viajam no céu.
São brancas, às ondas, redondas,
São leves, etéreas, oblongas,
São ledas, suaves, serenas,
São velas, veleiro, singrando
Cordato, no mar infinito.
O vento que sopra as encanta,
O vento gentil as desmancha,
O vento as estende, transforma,
Subtil, envolvente, as seduz,
E faz, desfazendo-as, ceder,
Em gotas de água, sublime prazer.
Quando a noite está quente
Quando a noite está quente
e o coração saciado de amor,
sentada para escrever,
a música a ditar o meu sentir,
é poesia que me sai das mãos,
como renda preciosa
ou bordado mimoso,
como doce apetecível
ou afago carinhoso.
Os sons longínquos
não perturbam a paz,
e o sono brando do cão,
amável companhia,
é conforto e tranquilidade.
Versos em fuga
Afastam-se, voando,
as palavras em verso
que na noite murmuro
(incessante balbucio, por
entre sonhos turbulentos).
Digo e repito as ideias
pois temo perdê-las.
Retenho detalhes,
decoro-lhes formas
de oração a não esquecer.
Pela manhã, estou só,
desse canto, o que ficou?
Vagas impressões
de ladainha abandonada
pelas trevas, pelo vento…
Leia este tema completo a partir de 17/9/2012
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