Poemas de Ilona Bastos - Sino sonante; Esperança na Poesia; Vida
Poemas de Ilona Bastos - Sino sonante; Esperança na Poesia; Vida
Sino sonante
(tão longe, tão perto)
Mais sentido faz do que tudo o resto
O soar tão próximo do sino distante
Em badalar sonante lá no campanário.
Condiz o seu som com o azul do céu
Tão longe, tão longe, tão perto, tão perto,
Com o cantar das aves tão atarefadas
A esvoaçar por entre as ramagens,
Com o soprar do vento tão alvoroçado
Fluindo ligeiro pelas verdes copas,
Com o dançar das águas tão agradecidas
Em ondas brilhantes que alegram o lago.
Esperança na Poesia
O verso torneado renegava,
Que o sentia oco, sem sentido,
O afastava em gesto incontido,
Sabor a fel que ao gosto me amargava.
Uma ansiedade crua me agitava
Distante do langor da Poesia,
E se um soneto acaso me surgia,
Nem para vê-lo, lê-lo, eu parava.
Na vida só sentia sofrimento,
Dureza de uma dor que não tem fim.
Cansada do torpor que via em mim,
Orava por livrar-me do tormento.
Vida
Eterno é o amor que criou a vida
no seio do Universo infinito!
Contida num mínimo ponto primordial,
florida em explosão colossal,
na expansão perpétua se difunde
por milhões de galáxias,
inquieta se abriga neste berço,
turbilhão de nuvens etéreas e nuances,
vastidão de oceanos azuis, ondulantes,
que refrescam e da terra se apartam.
Na água, desenvolve a semente,
simples que é, complexa se torna,
em várias formas que às margens sobem
e evoluem, montes e vales cobrindo,
os céus decorando de asas belas,
no solo vicejando em paixão gloriosa,
se agigantando em dinossáurios
que o planeta dominam, fabulosos.
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