Raizonline - Jornal - Radio - Portal

Poesia de Albertino Galvão - Rotinices...; O homem da estrada...

 

Poesia de Albertino Galvão - Rotinices...; O homem da estrada...

 

 

 Rotinices...

 

 Quando a noite desfalece e a manhã
 veste o fato rotineiro doutro dia
 destapamos os perfumes com afã
 e aquecemos com café a utopia
 
Abraçamos as estradas costumeiras
 circundamos as rotundas insolentes
 e ao subir-mos as escadas int’resseiras
 inventamos cumprimentos entre dentes
 
Ajeitamos a gravata decretada
 aspiramos doutras bocas fumos loucos
 e entramos , quais novilhos, na tourada
 cornos baixos, meios cegos, meios moucos
 

O homem da estrada...

 

 Com o olhar toldado por névoas estranhas
 o horizonte seco de sonhos perfeitos,
 a fome mordendo, à força, as entranhas
 e a boca torcida deserta de beijos...
 
o homem subiu a íngreme estrada!
 
Com o rosto gretado por falsos desejos
 os braços caídos, o corpo mirrado,
a roupa rasgada, sapatos desfeitos,
 as pernas tremendo pisando o destino
 e o traço contínuo que a vida traçou
 nas curvas da estrada da sua existência...
 
o homem olhou, parou, e voltou!
 
Com passos incertos, o homem mudou
 o rumo da fé, da esperança, dos credos...
 e sorvendo do vento o sabor da geada,
 gemendo palavras da boca babada...
 cheirando da noite segredos e medos
 que iam e vinham com as pedras do chão
 lançadas pelas garras da sua demência
 às ondas de choque da sua ilusão...
 

 Leia este tema completo a partir de 20 de Maio carregando aqui.

 

 

 

 



17/05/2013
0 Poster un commentaire

Inscrivez-vous au blog

Soyez prévenu par email des prochaines mises à jour

Rejoignez les 17 autres membres