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Poesia de Cremilde Vieira da Cruz - FICOU NO CAMINHO; MARASMO; «MEA CULPA»

 

Poesia de Cremilde Vieira da Cruz - FICOU NO CAMINHO; MARASMO; «MEA CULPA»    

 

 

FICOU NO CAMINHO

 

 Encontrou caminho longo e duro
 Na madrugada das serras.
 As ervas cresceram,
 Sugaram a terra.
 Ficaram as pedras,
 Ervas entre as pedras,
 As pedras do muro.
 Ficou no caminho,
 Falando sozinho,
 Ditando palavras,
 Seus sonhos de linho.

 

MARASMO

 

 Atormentam-me as vertigens do sol
 Num vaivém constante,
 Que até parece assustado.
 é prenúncio de mau tempo!

 é o crepúsculo,
 A agonia das horas,
 A agonia do dia,
 E não descansa em paz,
 Não se aquieta.

 

«MEA CULPA»

 

Não há mais nada que te diga.
 Não há mais nada que me digas.

 é véspera de terça-feira
 E todas as luzes se apagaram;
 Até aquelas da esperança
Que a semente deitada à terra
 Germinaria.
 Não germinou.
 Não germinou,
 Porque não tinha que germinar.
 De certo, a semente,
 Porque era antiga,
 Perdeu todas as propriedades,
 Enquanto fomos perdendo faculdades.
 De certo, não haverá terça-feira.

 

 

Leia este tema completo a partir de 29/10/2012

 

 

 

 

 



26/10/2012
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