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Poesia de Cremilde Vieira da Cruz - Passagem Efémera; Perdão; Quem me dera

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Poesia de Cremilde Vieira da Cruz - Passagem Efémera; Perdão; Quem me dera

 

 

Passagem Efémera

 

Oh!!!... Morreste virgem:  

De voz,  

De gestos,  

De tudo,  

Sem uma epopeia  

Que te imortalizasse.

 

Tinhas nascido há pouco  

E começavas a aprender a andar.  

Soletravas as primeiras palavras  

E trazias ideias enrodilhadas,  

Cordão umbilical de teu sentir.

 

Ninguém te ensinou a escrever,  

Por isso teus traços tristes  

Que mais nada diziam,  

Senão alucinação.

 

Morreste de mãos vazias:  

Sem nome,  

Sem idade,  

Encarcerado no silêncio  

De sonhos inatingíveis,  

De que não conseguiste libertar-te.

 

 

Leia este tema completo a partir de 8 de Julho carregando aqui.

 

 

 



07/07/2013
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