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Poesia de Cremilde Vieira da Cruz - QUIETUDE; REENCONTRO COM O NADA; ROSA DESFOLHADA

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Poesia de Cremilde Vieira da Cruz - QUIETUDE; REENCONTRO COM O NADA; ROSA DESFOLHADA 

 

 QUIETUDE

 

Aquieto-me na quietude do mar  

De algas verdes aquietadas no fundo.  

Os corais são velas acesas,  

A luz que sempre me dá luz.  

Passa um barco,  

Estremece a água,  

Os peixes inquietam-se momentaneamente,  

Para logo desatarem numa dança.  

Eu baloiço-me nas ondas.  

Não há soluços nos ventos  

Nem a brisa aperta,  

E a neblina quase branca,  

é sinal de paz.  

Ninguém fala,  

Mas no silêncio das vozes,  

No meditar de cada um,  

Há um sorriso branco,  

Um sorriso de paz,  

à volta da praia de areias d’ouro.  

Esvoaçam gaivotas,  

E cantam, cantam,  

Com vontade de cantar.  

Os rochedos guardam memórias,  

Falas que lhes dei,  

Segredos que lhes contei,  

E toda a costa sabe quem sou.  

Cada sorriso que me dão,  

é um estímulo,  

Cada frase que me dizem,  

é um estender de mão,  

Um incentivo para olhar em frente  

E seguir, seguir,  

Feita pluma branca.  

Porém,  

Se um temporal se abeira  

E o mar resmunga,  

Eu parto,  

Aquieto-me junto à lareira,  

E fico, fico,  

Na quentura da chama,  

Junto à lareira,  

Até que o mar se aquiete.

 

 

Leia este tema completo a partir de 5 de Agosto carregando aqui.

 

 

 



04/08/2013
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