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Poesia de Gavine Rubro - dos imprevistos esquisitos nascem vistos incisivos; {Sem Título}; Efeito termo híbrido 

Nota biográfica:

Poeta portuense residente em Faro. Alto, magro e de pé descalço. Cabelo longo castanho e de olhos verdes amendoados com olheiras rodeando as madrugadas. Autor do programa radiofónico Eclético Azul na RUA FM, sobre poesia, segunda-feira das 19h às 20h. 

A sua poesia vive de balanços, construções e desconstruções. Crê na Mulher como na supremacia artística total. A sua poética deambula em torno do expurgar social, da limpeza do corpo como canal da alma e a escrita como extensão cervical da respiração.(...)

dos imprevistos esquisitos nascem vistos incisivos

 que culpa tenho eu das concepções semelhantes do ser?
 quem pode vedar as semelhanças entre raça?
 também eu danço à chuva das luas
 também eu canto de noite
 chapinhando o passeio de movimento
 movimentando o lábio provando a chuva
 que é precisa e sabe pura e faz limpo.

 que culpa tenho eu
 se muitos poetas escrevem também dentro
 a noite?
 não poderei eu ser também noite
 se dela nasci?

{Sem Título}

 essa rima imagética entre luas projectadas
 oh osso carcomido pelo rubro do ser
 pasteis gastos,
 frascos esbanjados
 a gota
 que sai do olho
 em suor sanguíneo
 olho cansado no sacrifício canibal
 do arame farpado das sensações.

 dentro do cabelo mora um narciso em circo
 dentro do cabelo
 estátua viva falando com quem esculpirá
 porque entre acaso e razão
 lutam moribundos

Efeito termo híbrido

 - declaro o réu culpado.
 [será executado pelo crime xis que fez a ípsilon,
 esganiçava-se latindo o Sentenciador no tribunal;
 o julgado sem gesticular, desamparado
 inculpado ou nada
 irá decepado à mesma.]
 
- meu amor,
 amo-te.
 vamos compor o fruto,
 ser vivo, consequente do ímpeto
 de um par de corações.
 [nove meses diante

Leia este tema completo a partir de 23/4/2012