Raizonline - Jornal - Radio - Portal

Poesia de Gilberto Nogueira de Oliveira - SANGUE DE POBRE; O HOMEM DO MAR; Pai, Mãe e Filhos

 

Poesia de Gilberto Nogueira de Oliveira - SANGUE DE POBRE; O HOMEM DO MAR; Pai, Mãe e Filhos

 

SANGUE DE POBRE

 

Vou andando e vejo sangue no passeio.
Sangue de um pobre desesperado,
Que morreu desamparado,
Sem ajuda de ninguém
E sem publicidade.

Deixaram-no morrer.
Depois que ele morreu
O povo disse:
-Ele era bom...
Mas ninguém o ajudou a morrer.
Houve a indiferença.

 

O HOMEM DO MAR
 

O homem do mar é calado,
Como um segredo de contra mão.
Sua mulher olha o homem amado
E sua pequena embarcação.
Seus braços carregam o mar,
Seus pés chutam sem rancor.
Seu coração só faz amar
O coração do seu amor.
O mar é sua vida, seu odor.
Seu barco é uma avenida
Toda cheia de amor.

 

Pai, Mãe e Filhos
 

O pai andava em ambientes estranhos,
Gastando dinheiro com farra,
Freqüentando prostíbulos
E condenando os filhos à fome.
Chegava em casa muito tarde
E completamente corrompido.
Difamava todos os filhos
E maltratava sua mãe.
A casa não lhe pertencia
E foi construída com o trabalho de sua mulher,
Mas mesmo assim, ele a empenhou ao agiota.
Perdeu por um ás de copas
E sua família ficou na rua,
Tomando poeira quando fazia sol
E pisando na lama, quando chovia.
Perdeu seus amigos honestos
E ganhou amigos americanos.
Entrou num continuísmo
Que funcionava assim:
O traficante lhe chamou,
Lhe deu uma pedra de crak
Totalmente gratuita.

 

Leia este tema completo a partir de 13/06/2011

 

 

 

 



11/06/2011
0 Poster un commentaire

Inscrivez-vous au blog

Soyez prévenu par email des prochaines mises à jour

Rejoignez les 17 autres membres