Raizonline - Jornal - Radio - Portal

Poesia de Ilona Bastos - MEU CANTO; COMO SOA O POEMA; O ESCREVER DA POESIA

 

Poesia de Ilona Bastos - MEU CANTO; COMO SOA O POEMA; O ESCREVER DA POESIA

 

 

 

MEU CANTO

 

 Só neste meu canto é que eu me encontro,
 E em nenhum outro mais que possa se inventar.
 Procurar-me, para quê, noutro lugar?

 

Só desta voz eu oiço a lhana fala,
 De um jeito longo, encadeado, quase prosa
 Que eu não sei calar, muito que tente.

 

COMO SOA O POEMA

 

 Não soa o poema ao criador.
 Irrompe do fundo de nenhures,
 Pensamento luminoso, súbito,
Na brancura do papel a derramar.

 

Não soa em alta voz a poesia.
 Pois é ideia ágil, forte e clara,
 é passo vivo ou mesmo galopante,
 Que o braço move e leva pelo ar.

 

 Não soa como som, já que é mais luz,
 Corrente descendente até à mão,
 Vaivém audaz do lápis no papel
 Furor intenso e débil a criar.

 

O ESCREVER DA POESIA

 

 Não sei se escrevo poesia
 Ou se a poesia me escreve.

 

é presunção, decerto, julgar-me criadora,
 Chamar poesia a estas palavras
 Que debito, desajeitadas e frouxas,
 Nas brancas páginas de um caderno.

 

 Maior presunção, ainda,
 Acreditar que meus actos desconexos,
 Pensamentos e gestos perplexos,
 Encerram em si a poesia, o motor
 Gerador do meu viver.

 

Leia este tema completo a partir de 20 de Maio carregando aqui.

 

 

 

 



19/05/2013
0 Poster un commentaire

Inscrivez-vous au blog

Soyez prévenu par email des prochaines mises à jour

Rejoignez les 17 autres membres