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Poesia de João Furtado - NA DOR DA AUSENCIA; Eu e o meu pardal novamente!

 

Poesia de João Furtado - NA DOR DA AUSENCIA; Eu e o meu pardal novamente!

  

 NA DOR DA AUSENCIA

 

 Um casal de pardais barulhentos
 Diariamente vêm bem cedinho
(Construíram naquele buraco o ninho)
 Chorar para mim os seus lamentos!

 

Não sei se são deveras prantos
 Ou se são de alegrias seus cantos
 Eu é que perto da janela, no meu canto
 Perdido estou, cheio de tristes pensamentos

 

Eu e o meu pardal novamente!

 

 Eu te vejo muito tristonho
 Meu belo pardal confidente e amigo
 Tão calado estas tu que sempre falaste comigo
 Tu que sempre entraste até no meu sonho...

 

Estou muito triste amigo João
 Venho do Cabo das Esperanças
 E na bagagem trago poucas esperanças
 As baleias são mortas que dói o coração...

 

E na terra a vida dos pacíficos elefantes
 Não está nada fácil, dizem que é o fim
 Todo por motivo apenas dos dentes de marfim
 O mundo esta a perder os últimos gigantes

 

 Leia este tema completo a partir de 29 de Abril carregando aqui.

 

 

 

 



27/04/2013
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