Poesia de Maria da Fonseca - Da minha Janela; No Dia dos Avós; Tarde em Partilha
Poesia de Maria da Fonseca - Da minha Janela; No Dia dos Avós; Tarde em Partilha
Da minha Janela
Foto de J. Bastos Baptista
Quero cantar-vos agora
Enquanto vos 'stou a ver
Da janela do meu quarto.
Lindas flores a crescer,
Em fartos cachos lilases
A abanar co'a brisa leve,
Ornadas de verdes folhas
Mostrando harmonia breve.
O Sol que vos ilumina
Foi o que vos fez florir,
E, muito quente no v'rão,
Ides murchar a seguir.
No Dia dos Avós
Nunca tive meus Avós.
Quando os meus olhos abri,
Meu Pai já perdera os Pais
E os da minha Mãe não vi.
Noutra terra, noutro povo,
Viviam longe de nós.
Se tenho recordações
Não são decerto de Avós.
Mais tarde, p'la vida fora
Meus Pais pouco me contavam.
Sua saudade era tanta,
Do passado não falavam.
Tarde em Partilha
A tarde cai muito amena
Neste bairro da cidade
A atmosfera ‘stá serena
Vive-se tranquilidade.
As florzinhas amarelas
Das árvores da Avenida
Planam suaves e belas
A enfeitar nossa vida.
O chão coberto de flores
E cada pombo a arrulhar
São símbolos e primores
Da Primavera sem par.
Leia este tema completo a partir de 6/8/2012
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