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Poesia de Mário Matta e Silva - ABSOLUTAMENTE; DESENHAR-TE; ETERNAMENTE AZUIS

 

Poesia de Mário Matta e Silva - ABSOLUTAMENTE; DESENHAR-TE; ETERNAMENTE AZUIS

 
 
ABSOLUTAMENTE
 
Há um vaguear sem rumo
ir ao encontro do nada
no desvendar o absoluto
sem repouso de caminhada
um agigantar o peito
sem descanso e sem jeito
já cansado de fugir
neste ir mas nunca ir
em grande voo ou passada.

Há tanta esperança perdida
tanta gaivota no ar
onde o grito vai ecoando
e as passadas são sentidas
em cada luz do luar
aqui e além um bulir
da folhagem desses prantos
há um ir e um não ir
réstias de outros encantos
e bem cá dentro de nós
soa o aviso em sirene
de que ficaremos sós
quando o corpo já só geme.


 
DESENHAR-TE
 
Gostava de percorrer o traço
do teu corpo junto ao meu
enquanto viajo
pela tua silhueta breve e morna.
O traço não o sei precisar
senão na mente;
o teu perfil, aqui presente
são linhas paralelas
sinuosas e enternecidas.
No papel não arrisco
a riscar-te com mão segura.

 
ETERNAMENTE AZUIS
 
Quando fujo dos maus pensamentos
Atiro fora os lamentos
E avanço sem cuidados
Arrastando outras mensagens
Parando noutras paragens
Enfrentando novos fados
Desfeitos nessas quimeras
Eternamente azuis.

 

 


 Leia este tema completo a partir de 02/05/2011

 



30/04/2011
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