Poesia de Mário Matta e Silva - Na Força da Vontade; Linha Descontínua do Sonho
Poesia de Mário Matta e Silva - Na Força da Vontade; Linha Descontínua do Sonho
Na Força da Vontade
Eu quero respirar o mundo
Para o trazer no peito
Num sentimento de prazer
Confortado e resplandecente.
Eu quero o corpo fecundo
O trepar além e ver o efeito
Da minha teimosia de ser
Eu mesmo articuladamente
Num sem rumo certo
Mas em jeito de agarrar a lua
Num renovado enleio
Como se agarra um seio
A descoberto.
Eu quero o destempero do dia
A guinada forçada na rua
E que não me falte a valentia
De caminhar o meu espaço
Trazendo num abraço
Rosa silhueta tépida e nua.
Eu quero fortalecer minha esperança
Transportando dias de bonança
Para me acalentarem
Que logo que as estrelas brilharem
Eu gritarei que quero viver
Linha Descontínua do Sonho
Há uma linha descontínua, tracejada
aqui e ali um sobressalto
renovado, quem sabe, de hora a hora
um tempo em baixo outro no alto
e tudo se decompõe plo tempo fora.
Vem o aconchego da noitada
a cama, a almofada, o sono
depois, até romper a alvorada
sossega o sobressalto, relaxa o abandono.
Mas os sonhos crescem, massacram e na verdade
tudo se esfuma, tudo se evade
ficando nós na ausência da realidade
Leia este tema completo a partir de 18/04/2011
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