Poesia de Patrícia Neme - Ensandecidamente!; Renascerá?; Fim!
Poesia de Patrícia Neme - Ensandecidamente!; Renascerá?; Fim!
Ensandecidamente!
Não mais houvesse em mim a nostalgia,
esse vazio intenso a me rondar...
Não mais tu fosses a melancolia,
qual fera, eternamente, a me espreitar...
Se eu me despisse, enfim, dessa agonia
de não ver-me espelhada em teu olhar...
Se eu fosse o amanhecer da calmaria,
que faz nascer o céu do meu voar...
Renascerá?
Faxine toda casa,
canto a canto,
resgate dos baús
os linhos e os bordados;
a prataria antiga, e as porcelanas...
E afine os cristais numa harmonia,
como jamais se ouviu,
em outro dia.
Enfeite de esperanças um pinheiro,
e faça pacotinhos de promessas;
mil luzes pisquem-pisquem de alegria...
E ponha a mesa farta de quitutes,
Fim!
Partiu,
sem gesto algum de despedida,
e não deixou pegada
– ou coisa assim...
Se conheceu doçura
ou contratempos,
se andou todos os passos do seu tempo...
Partiu,
nada levou, além do sonho,
quimera entretecida de ilusão,
pois sonho é nuvem tênue,
passageira...
Difícil que perdure a vida inteira!
Leia este tema completo a partir de 16/7/2012
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