Poesia de Roberto Kusiak - Soneto à Morte; Até que o divórcio nos separe; Premonições
Poesia de Roberto Kusiak - Soneto à Morte; Até que o divórcio nos separe; Premonições
Soneto à Morte
Morte, Morte. Oh! Morte.
Não sei se és tu.
Ou eu o mais forte.
Morte. Oh! Morte.
De vidas vazias.
Tu enche o alforge.
Morte. Oh! Morte.
Até quando te engano?
Até quando minha sorte?
Até que o divórcio nos separe
é sempre assim
Um primeiro olhar
Um sorriso marfim
Um primeiro palpitar
Começa assim o fim
é sempre assim
A neve derrete
Anjos e querubins
A alma se aquece
Começa assim o fim
é sempre assim
Juras de amor
Dois mundos afins
Loucuras, prazeres, ardor
Começa assim o fim
Premonições
Foi na chuva.
Foi na noite.
Foi num beco.
Foi no escuro.
Foi molhado e com frio.
Foi lá, escondido de mim mesmo.
Na penumbra.
Que chorei a falta de você.
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