Poesia de Sylvia Beirute - BEBIDA; NO ENTANTO; JOGO; FORMA DE FICAR
Poesia de Sylvia Beirute - BEBIDA; NO ENTANTO; JOGO; FORMA DE FICAR
BEBIDA
{aos resistentes deste blogue}
bebo onde existe sede.
a mão arrefece com o peso da cabeça.
este silêncio resgata palavras
para além dos factos magros e esguios.
o meu sangue conhece o amor.
leio Osten Sjöstrand
lia Osten Sjöstrand há cinco minutos atrás.
NO ENTANTO
tão especiais os homens de acção
e esta liberdade de poder alongar o verso até ao extremo sem ter de prestar contas ao Criador,
sem ter de ser realmente especial.
e é concebível que um desses homens
venha parar a este meu jorro, à ousadia
de ter certezas muito desenvolvidas, certezas, também elas,
até ao extremo absoluto da personalidade colectiva, às
decisões pelos velhos hábitos.
JOGO
não tem palavras este poema
se todos entendem este poema
e não é dizendo isto
que tem palavras este poema;
porque as palavras apenas
servem aqui o propósito
da ausência de palavras
deste poema.
e já é muito tarde e é difícil:
reconhecer esse silêncio:
o silêncio dentro de um silêncio,
fugindo num outro poema
FORMA DE FICAR
os estilhaços formam números.
como se eu não pudesse falar de outra coisa
ou de outra
forma de ficar.
eu posso queixar-me a cada minuto.
eu posso ser o centro do meu universo
a cada minuto.
sentir a falta de paulo leminski.
e os estilhaços formam números porque
os procuram.
Leia este tema completo a partir de 17/9/2012
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