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Poesia de Virgínia Teixeira - O meu caminho... ; Estranho marinheiro; Sempre ele...

 

Poesia de Virgínia Teixeira - O meu caminho... ; Estranho marinheiro; Sempre ele...

 

 

O meu caminho...

 

 Percorro o meu caminho silenciosa
 Arrasto as minhas correntes resignada
 Baixo o olhar a cada espinho sem rosa
 E retenho as lágrimas a cada chibatada

 Não grito, não rogo nem me deixo morrer…
Que virtude essa a que me escapa
 A coragem de simplesmente perecer,
 Desistir, libertar-me finalmente desta capa…

 

Estranho marinheiro

 

 Homem sem beleza usual, estranho marinheiro,
 Olhos negros, tenebrosas grutas nesse poderoso olhar,
 Marinheiro que traz no corpo o singular cheiro
 A quente canela, pó sensual, e ao mar…

Esse mar que navega, incapaz de ficar,
 O mar que o leva sem correntes
 Porque há seres que não pertencem a nenhum lugar,
 E esse tem uma ânsia pela liberdade que sei que já sentes

 E que te aterroriza porque é impossível que já não o sintas…
Quando o fitaste ficaste completamente perdida,
 és dele, inteiramente entregue à sede de o seguir…

 

Sempre ele...

 

 Há um homem que é acima
 Um ser estranho com poder de amante
 Feio, tenebroso mas que fascina
 Olhos negros de tempestade passante.

 O mar corre-lhe nas veias, não sangue de gente,
 O fogo arde-lhe no peito sem o consumir
 As mãos calejadas têm a carícia quente
 E os lábios o desejo de possuir…

Fita o seu olhar por um breve instante
 Sustêm o sopro de vida nos pulmões
 E a expiração já te dá por errante,

 

 

Leia este tema completo a partir de 6/8/2012

 

 

 



05/08/2012
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