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Poesia de Virgínia Teixeira - Opera; Vida; Pirata; Ser estranho

 

Poesia de Virgínia Teixeira - Opera; Vida; Pirata; Ser estranho 

 

 

 
 
Opera
 
 
 
Sonhei viver no palco de uma ópera
 Sofrer como Aída, amar como Violetta,
Cantar a minha angústia com a ferocidade de quem nada tempera
Ah! Amar como quem não teme a areia na ampulheta!

Sonhei cantar com o queixo erguido a minha desilusão
Gritar com o peito dorido a imensidão do meu sentimento
Encontrar o público enternecido pela minha sublime actuação
Ah! Amar como quem não teme qualquer julgamento!

 

Vida
 
 
 
Em que livro de páginas manchadas,
 Marcadas a encarnado sangue,
 Se encontram as minhas mágoas?
 Que palavras gritam este vácuo, este desalento?

 Que livro viçoso, de capa brilhante
 Esconde os versos de salvação
 Sentenças de auxílio divino?
 Que me resta senão a busca?

 

Pirata

 
 
Há um pirata que povoa os sonhos da menina que acorda mulher.
 Para toda a menina, de olhos arregalados e tranças no cabelo,
 Um pirata há a saquear e a pilhar a ilha que é esse puro ser.
 E elas, que se deixam tomar ou resistem com corações de gelo,

 Nunca esquecem o pirata, o homem de barba negra e olhos penetrantes,
 Aquele que, de noite, as persegue com as mais belas promessas,
 O que sabe quem elas são e os seus desejos mais atormentantes,
 O que lhes sussurra que numa duna qualquer, as vai tomar sem pressas,

 

Ser estranho
 
 
 
Há um homem que é acima
 Um ser estranho com poder de amante
 Feio, tenebroso mas que fascina
 Olhos negros de tempestade passante.

 O mar corre-lhe nas veias, não sangue de gente,
 O fogo arde-lhe no peito sem o consumir
 As mãos calejadas têm a carícia quente
 E os lábios o desejo de possuir…

 

 Leia este tema completo a partir de 2/4/2012



01/04/2012
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