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Poesia de Virgínia Teixeira - Paixão; Vida; Pirata

 

Poesia de Virgínia Teixeira - Paixão; Vida; Pirata
 

 

Paixão

 
 
Fugidia paixão que me inflama
 Instantes em que tudo pára por um momento
 Em que só nós estamos vivos e em chama
 Corpos envolvidos no calor alimentado pelo vento,

 Esse vendaval que do alto da colina
 Nos trespassa com a sua implacável ferocidade
 Nos desalinha e visceralmente domina,
 Anima a alma fêmea e atiça a sensualidade

 

Vida
 
 
A infância morreu-me ceifada com uma brutalidade dorida.
 A adolescência soube-me a chocolate com um toque de menta,
 Um doce que aconchega e espevita, que me acordou para a vida!
 Fui então despedaçada por punhais, e apresentada à tormenta

 Aquela em que ainda hoje vivo, a que ainda me obrigo a suportar,
 Esta tormenta que vejo cada dia mais a todo o meu ser apagar…
Esta dor, a mágoa sem sentido que me faz querer a liberdade
 De não ter amarras a uma vida que não me tem tido piedade…

 

Pirata

 
 
Há um pirata que povoa os sonhos da menina que acorda mulher.
 Para toda a menina, de olhos arregalados e tranças no cabelo,
 Um pirata há a saquear e a pilhar a ilha que é esse puro ser.
 E elas, que se deixam tomar ou resistem com corações de gelo,

 Nunca esquecem o pirata, o homem de barba negra e olhos penetrantes,
 Aquele que, de noite, as persegue com as mais belas promessas,
 O que sabe quem elas são e os seus desejos mais atormentantes,
 O que lhes sussurra que numa duna qualquer, as vai tomar sem pressas,

 

 

Leia este tema completo a partir de 20/8/2012

 

 

 

 

 



19/08/2012
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