Poesia de Virgínia Teixeira - Vingança; Despedaçada; Todos os poemas que escrevi com a mão cansada
Poesia de Virgínia Teixeira - Vingança; Despedaçada; Todos os poemas que escrevi com a mão cansada
Vingança
Despedaçaram-se as tuas entranhas nas minhas mãos carmesim,
Rasguei-te de ponta a pavio, escancarei as tuas costelas sem hesitar
E esmiucei todas as miudezas dessa tua vida de inutilidade sem fim.
Senti a sensação da tua carne inerte por entre os meus dedos a escapar
E com o mais gutural dos sons deste mundo vazio, soube finalmente rir.
De ti, de mim mesma, da mágoa que carrego sem que tenhas sofrido um instante.
Agora és tão desgraçada quanto eu, estás tão ferida quanto a que quiseste ferir,
Quanto aquela que se deixou morrer um pouco a cada investida trucidante.
Despedaçada
Não sei esconder nem por um instante mais,
Não quero calar mais um segundo que seja,
Vou gritar até me doer a voz enquanto tu vais,
Implorar-te sem pudor que fiques onde quer que eu esteja.
Porque tu és parte de mim mesma, és mais Eu que Eu,
és uma pele que me cobre num abraço de falcão,
A manta que me protege sem a ternura de um véu,
A carne que se despedaça com todos aqueles que se vão,
Todos os poemas que escrevi com a mão cansada
Todos os poemas que escrevi com a mão cansada
Os inúmeros sonetos que sufoquei na garganta dorida
As sensações que escondi na solidão passada
Todas as sílabas que gritei dentro da alma ferida,
Todos os instantes em que me permiti viajar
Cada momento em que soube sinceramente sorrir
Até ao ultimo floco de alegria que de mim conseguiu brotar,
Até á seiva de prazer que de mim sou capaz de extrair,
Leia este tema completo a partir de 3/9/2012
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