Poesia de Xavier Zarco - não sei se foi ontem; no chão marco o ponto;quando os cavalos dormem à cabeça
Poesia de Xavier Zarco - não sei se foi ontem; no chão marco o ponto;quando os cavalos dormem à cabeça
não sei se foi ontem
não sei se foi ontem
(ou se será amanhã)
mas um pássaro pousou
nos meus dedos da infância
e eu
o puto do costelo
deixei-o ficar por ali
pousado debicando
ao de leve a carne
marcando o ritmo do poema
no chão marco o ponto
no chão marco o ponto
e sei que existe o ponto que marquei
mas mais que o ponto eu quero a linha
um verso que surja da terra
onde a semente semeei
mas quero mais
quero o plano
o espaço
onde o verso se erga e diga
quando os cavalos dormem à cabeça
quando os cavalos dormem à cabeça
da chuva
e súbito acordam na noite
mais breve do silêncio
a vidraça veste-se
de gala
de sílabas breves ou pássaros
que pousam nos dedos
em fogo da criação
Leia este tema completo a partir de 2/4/2012
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