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Poesia e Prosa - Por Arlete Deretti Fernandes

 

Poesia e Prosa - Por Arlete Deretti Fernandes
 
 
O Cântico dos Cânticos é um livro contido na Bíblia, no Antigo Testamento. É um poema atribuído ao Rei Salomão, (aquele que, segundo a história tinha em seu harém, seiscentas mulheres!). Trata-se de um poema em que se canta e exalta o amor humano, como fruto da natureza sexuada, origem da complementariedade e convívio social.

Sob o aspecto formal este é um poema dramático-idílico em que aparecem dois personagens principais, a esposa e o esposo e um coro das filhas de Jerusalém. Alguns vêem nele um outro personagem, que seria diferente do esposo, um simples pastor, pelo qual a esposa resistiria a todas as carícias do rei.

É um poema muito longo, mas vale a pena ler, pela sua beleza e erotismo.
O mais belo dos Cânticos de Salomão. 
 
Capítulo 1

 

- Ah! Beija-me com os beijos de tua boca! Porque os teus amores são mais deliciosos que o vinho,
e suave é a fragrância de teus perfumes; o teu nome é como um
perfume derramado: por isto amam-te as jovens.
Arrasta-me após ti; corramos! O rei introduziu-me nos seus
aposentos. Exultaremos de alegria e de júbilo em ti. Tuas carícias nos
inebriarão mais que o vinho. Quanta razão há de te amar!
Sou morena, mas sou bela, filhas de Jerusalém, como as tendas de
Cedar, como os pavilhões de Salomão.
Não repareis em minha tez morena, pois fui queimada pelo sol. Os
filhos de minha mãe irritaram-se contra mim; puseram-me a guardar as
vinhas, mas não guardei a minha própria vinha.
Dize-me, ó tu, que meu coração ama, onde apascentas o teu rebanho,
onde o levas a repousar ao meio-dia, para que eu não ande vagueando
junto aos rebanhos dos teus companheiros.
- Se não o sabes, ó mais bela das mulheres, vai, segue as pisadas das
ovelhas, e apascenta os cabritos junto às cabanas dos pastores.
- À égua dos carros do faraó eu te comparo, ó minha amiga;
tuas faces são graciosas entre os brincos, e o teu pescoço entre os
colares de pérolas.
Faremos para ti brincos de ouro com glóbulos de prata.
- Enquanto o rei descansa em seu divã, meu nardo exala o seu
perfume;
meu bem-amado é para mim um saquitel de mirra, que repousa
entre os meus seios;
meu bem-amado é para mim um cacho de uvas nas vinhas de
Engadi.
- Como és formosa, amiga minha! Como és bela! Teus olhos são
como pombas.
- Como é belo, meu amor! Como és encantador! Nosso leito é um
leito verdejante,
as vigas de nossa casa são de cedro, suas traves de cipreste;

 

Leia este tema completo a partir de 11/04/2011

 

 



10/04/2011
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