Poética de Ilona Bastos - Retrato do meu amor; O espanto de ser; Versos em fuga
Poética de Ilona Bastos - Retrato do meu amor; O espanto de ser; Versos em fuga
Retrato do meu amor
Olho o teu rosto jovem e audaz,
Fito os teus olhos ternos, meigos,
Que a verdade contam sem receios.
Penso em ti, longe de mim, tão só,
Vejo-te em sonhos, olhando em paz
O verde molhado dos outeiros…
Toco-te a boca, que cerras, sem falar,
Miro-te o queixo, erguido, valoroso.
Sei-te distante, na estrada, a rodar
O espanto de ser
De repente dou-me conta
De que neste pensar não ser
Sou tão intrinsecamente eu!
E é súbita felicidade ser-se alguém!
é surpreendente alegria ser eu -
Tão essencialmente eu
Versos em fuga
Afastam-se, voando,
as palavras em verso
que na noite murmuro
(incessante balbucio, por
entre sonhos turbulentos).
Digo e repito as ideias
pois temo perdê-las.
Retenho detalhes,
decoro-lhes formas
de oração a não esquecer.
Leia este tema completo a partir de 5/3/2012
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