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PORTUGAL NA TAILANDIA - PADROADO PORTUGUES DO ORIENTE - José Martins (Tailândia)

PORTUGAL NA TAILANDIA - PADROADO PORTUGUES DO ORIENTE - José Martins (Tailândia)

D. José da Costa Nunes, Bispo de Macau numa carta (não transcrita na totalidade) ao Padre Rêgo numa das passagens e referindo-se ao livro escreve:

«Uma coisa, porém, lhe posso afirmar: é que estou convencido de que ele corresponde ao ponto de vista que se pretende, isto é, dar uma ideia geral do que é e do que foi esta veneranda relíquia do nosso passado religioso, em terras do Ultramar. Contra ela, por vezes, se têm arremessado pedras, mas, desde que se estude o assunto à luz da história imparcial, motivos há para nos orgulharmos da obra religiosa levada a efeito pelos missionários portugueses, que nos precederam no Oriente, e pelos que hoje labutam, nessas regiões distantes, pelo bem das almas, pela Igreja e pelo prestígio do nosso País.

Sabe bem o Padre Rego, porque entre eles viveu muitos anos, quando o nome de Portugal é querido dos eurasianos, da Malaca, e quão profunda é a fé destes descendentes dos antigos portugueses, mercê da acção patriótica dos nossos missionários, os de ontem e os de hoje.»

Como o leitor poderá analisar o «Padroado Português do Oriente» apresentava-se como uma instituição católica, absolutamente, de raízes portuguesas.

Em cima das considerações, da sua obra, o Padre Rego na introdução:

«Quando Portugal, proa da Europa, se resolveu a sulcar os mares, quando o Oriente desconhecido se foi submetendo, pouco a pouco, à sua influência, encarregou a Santa Sé a Nação Fidelíssima de converter os infiéis, de fazer muita cristandade. Portugal sacrificou-se por esta causa tão nobre. Gastou não só o dinheiro de seus cofres, mas também o sangue de seus filhos. A Santa Sé, em prova de gratidão, entregou-lhe as igrejas que ele ia fundando em tão vastos territórios.
Era ele que indicava os nomes dos bispos que se haviam de nomear, era ele que provia as diferentes dignidades, era ele que sustentava os missionários, era ele que velava pelas igrejas e culto”.

Tinha assim o «Padroado Português do Oriente» toda a jurisdição religiosa sobre as missões e igrejas estabelecidas, nos territórios ultramarinos que Portugal administrava.
As dioceses do Padroado:
GOA. - criada pelo Papa Clemente VII no consistório de 31 de Janeiro de 1533. Porém só em 1534, pelo Papa Paulo III é expedida a bula. Circunscrevia a diocese de Goa: Cabo da boa Esperança até à Índia e deste território ao Japão. A Santa Sé concede a perpetuidade de posse da diocese ao Rei de Portugal e seus descendentes. A de Fevereiro de 1557 a Constituição Apostólica eleva a dioceses de Goa a arcebispado e a perpetuidade é mantida pela Santa Sé.

COCHIM.- Erguida em 4 de Fevereiro de 1557 pelo Papa Paulo IV. Acontece devido a Goa ter sido elevada a arcebispado. A Sé de Cochim é denominada de «Santa Cruz». A bula papal decretava que o limite da jurisdição de Cochim e Malaca, deveria ser da vontade do arcebispo de Lisboa. Entretanto a diocese de Cochim absorvia a religiosidade da Costa do Malabar e a Costa Oriental da Birmânia.
MALACA. – Fundada na mesma data da diocese de Cochim a 4 de Fevereiro de 1557. A igreja da Anunciação de Nossa Senhora de Malaca toma o nome de Sé Catedral.
A bula papal concede a Malaca os mesmos privilégios dos de Cochim.

 

Leia este tema completo a partir de 23/05/2011
 

 

 



20/05/2011
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