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PORTUGAL NA TAILANDIA - PADROADO PORTUGUES DO ORIENTE - Por José Martins (Tailândia)

 

PORTUGAL NA TAILANDIA - PADROADO PORTUGUES DO ORIENTE - Por José Martins (Tailândia)
 
 
António da Silva Rêgo, foi missionário,  (Diocese de Macau) um historiador de mérito e parte da sua vida dedicou-a a publicar livros narrando factos em cima dos descobrimentos. São bastantes as suas obras de valor inestimável e, segundo sabemos, parte das mesmas esgotadas.
Continuação do número anterior (Ver aqui s.f.f.)

Nas proximidades do Natal de 1673 um outro comunicado «Sollicitudo pastoral» declara que a Inquisição de Goa não possuía autoridade alguma nos territórios que não estavam sujeitos à coroa portuguesa. Derroga todos os privilégios anteriores, embora tenham sido conferidos por papas ou concílios.

 

Os missionários do Padroado «barafustam» apresentam os antigos privilégios e a total submissão ao Rei de Portugal. Ignoram as ordens do Papa Clemento X, para a rebelião, silenciosa, não produziu efeito. Vale mais um papa vivo que um papa morto. O papa estava ao lado e as satisfazer a vontades de Luiz XIV para que o permitisse concretizar o projecto da infiltração no Reino do Sião e na sua cabeça a ideia de o colonizar. Tal nunca viria acontecer.

 

No Reino do Sião a língua franca era a portuguesa, o Padroado Português do Oriente, tinha criado raízes durante os quase 150 anos de evangelização no reino. Mas além disto já uma numerosa comunidade luso-tailandesa, calculada em mais de 2.500 almas, que era assistida pelos missionários do Padroado, portugueses e estrangeiros residiam no Ban Portuguete onde estavam erigidas 3 paróquias.

 

Descrição do Padre António Rego: «A passagem do Sião para os vigários apostólicos não se fêz sem repugnância, sem resistência. O caminho vinha sendo preparado já por uma longa série de documentos pontifícios todos eles a favor dos vigários apostólicos. Esses documentos, como nota Launay, eram publicados na igreja francesa de S. José de Juthia (Aiutaá). Os jesuitas e os dominicanos, entrincheirados nos mesmos redutos de sempre, declaravam-nos falsos e inventados pelos missionários franceses, e por conseguinte nulos, sem valor algum, porque não tinham passado pela Corte de Lisboa.

 

Vários incidentes se deram, todos êles bem lamentáveis, da resistência dos missionários portugueses que se viam colocados entre dois fogos. Por um lado, deviam obediência a Goa; por outro, eram admoestados pelos vigários apostólicos, em nome da obediência suprema devida a Roma. Esta política dúplice havia de ser adoptada pelos anos fora pela Propaganda e com bons resultados.

 

No Sião, porém, houve solução radical. A Santa Sé, por meio dos seus decretos, resolveu que os portugueses residentes no Sião ficassem debaixo dos vigários apostólicos. Esta nova concessão foi muito bem acolhida em Paris e Monsenhor Pallu aconselhou aos seus missionários toda a prudência para não suscitar novas susceptibilidades.

 

Os dominicanos submeteram-se em 1678, os jesuítas em 1681 e os franciscanos que também lá trabalhavam, se bem que em menor número, um bocado mais tarde. Os missionários portugueses, porém, nunca abandonaram o Sião. Tais missionários recebiam os seus poderes ora dos vigários apostólicos, ora directamente de Goa. A cinza crepitava ainda, quando atiçada por qualquer faúlha. As autoridades do Padroado viam-se obrigadas a reconhecer a situação de facto, mas protestavam de vez em quando contra o desaire sofrido».

 

Leia este tema completo a partir de 04/07/2011

 

 

 

 



02/07/2011
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