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Prosa Poética de Joaquim Nogueira - Ensaio sobre uma peça inacabada; tivesse eu as capacidades de um deus

 

Prosa Poética de Joaquim Nogueira - Ensaio sobre uma peça inacabada; tivesse eu as capacidades de um deus
 
Ensaio sobre uma peça inacabada
 
«...Acabo de chegar de um lugar indeterminado; não o sei localizar; fica algures na minha memória, já um pouco esbatida pelo tempo; gastei muito do meu tempo a lembrar o que não deveria ter sido recordado.
Mas o arrependimento não traz nada de novo, apenas revolve o velho e não deixámos de ser o que somos, apenas almas errantes neste mundo de contrastes e de negações.
Somos apenas e tão somente os «dejectos» dum mundo imperfeito. Não nos foi dada a possibilidade de esboçar a nossa própria vida e assim temos de nos contentar com os constantes ensaios que fazem de nós, indeterminando a solução final.
Perdemo-nos na amálgama do tempo e da insanidade. Já não somos quem queremos ser. Somos apenas o que nos «dão» para ser. Permitem-nos viver de memórias e de factos que de novo se transformam em lembranças. Mas, lembrar para quê? Para sofrer? Para verificar que afinal de contas de nada serviu o esboço que de mim fizeram em constantes ensaios que a nada me levaram? Apenas à negação, só me levaram à negação.

 

 

tivesse eu as capacidades de um deus
 
«… tivesse eu as capacidades de um deus, mesmo dos da antiguidade, de um Zeus, de um Júpiter ou mesmo de um Marte ou até mesmo, porque não, duma Diana…
tivesse eu os poderes de tudo demonstrar sem ter de provar, ou seja, bastar ser e não ter de provar que sou o que sou ou quem sou… tivesse eu toda essa força mágica e logo seria a mais pura prova do que há muito persigo: seria o Amor transformado em entrega, seria o Amor pleno, aquele que vive de si mesmo para se bastar e na totalidade se entregar…
o Amor que deixaria de o ser para passar ao patamar superior do estatuto da fórmula única da vida plena que é Amar… passamos tempos e tempos sem sabermos o que é isso do Amor ou como é que se Ama e um dia, sem sabermos como, tudo surge ali, à nossa frente, sereno, demonstrativo da nossa anterior ignorância e dizendo-nos bem no nosso interior que o Amor está aqui dentro de cada um de nós e, como tal, livre de ser entregue ao próximo…

 

 

Leia este tema completo a partir de 1/8/2011

 

 

 



30/07/2011
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