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Recordar o Raizonline - Trabalhos de números de arquivo - Conto Inesquecível Carrossel de José Pedreira da Cruz

 

 

Recordar o Raizonline - Trabalhos de números de arquivo - Conto Inesquecível Carrossel de José Pedreira da Cruz


Conto inicialmente publicado no número 2  (ainda experimental)  de Dezembro de 2008

 

Inesquecível Carrossel

 

Era grande o movimento de gente que chegava para a festa da padroeira. A cidade já estava

muito alegre e até o sino da igreja parecia musicado e mais festivo. As crianças corriam pra

cima e pra baixo; pra lá e pra cá, alegrando a todos.

 

Um velho caminhão pára no centro da praça e dele desce um homem gorducho, carregando algumas

ferramentas. A criançada, cheia de curiosidades, cerca o caminhão e tão logo se vai embora.

Apenas uma ficou de plantão: o Chiquinho.

- Moço! O que está fazendo?

 

O homem de joelhos no chão, parou de cavar. Enxugou o suor da testa com a costa da mão,

encostou a cabeça no cabo da cavadeira e, olhando para o menino, calmamente lhe respondeu:

- Estou cavando um buraco.

- Pra quê? Pra quê você quer esse buraco? - Insistiu o garoto.

- Para plantar um brinquedo. - Respondeu-lhe com um largo sorriso e voltou a cavar.

- O que é que tem em cima desse caminhão, moço?

- Um brinquedo! Um lindo carrossel!

- A gente pra brincar nele paga?

- Sim! Só duas moedinhas, um Real.

 

O menino ficou a se perguntar: - como será um carrossel? - E com um olhar inquieto começou a

vistoriar aquele caminhão, enorme, coberto com uma lona amarela; parado na praça; bem na

frente de sua casa. Ele via aquele caminhão como se fosse um brinquedo gigante e não parava

de alisá-lo e de se olhar reflectido na pintura da boléia. Tudo lhe era novidade. E enquanto

o homem cavava buracos na praça para erguer o carrossel, o menino fazia-lhe companhia e

embaraçosas perguntas.

 

Suas curiosidades e a vontade de brincar no carrossel, eram tantas, que Chiquinho passou a

desobedecer a sua própria mãe.

- Chiquinho! Oou Chiquinho. Eu vou te bater, entra! - Ela gritava a todo instante, para que

o menino parasse de amolar ao homem e voltasse para casa. Mas ele dava pouca importância as

ameaças de uma surra, pois o que mais lhe preocupava era ver o carrossel e nele poder

brincar.

 

- Moço! Como é o carrossel?

- Grande! Tem luzes, cavalos, leões e elefantes. Você vai brincar nele? - Questionou-lhe o

gorducho, enquanto, furiosamente, arremessava a cavadeira no buraco.

 

Leia este tema completo a partir de 20/06/2011

 

 



19/06/2011
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