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Recordar o Raizonline - Trabalhos de números de arquivo  - JORNADA CREPUSCULAR - QUE ABRIL… SEMPRE? - Crónica de Mário Matta e Silva - Publicado originalmente na EDIÇAO NºXVII , IIº NUMERO DE ABRIL DE 2009

Começa a democracia no acto eleitoral livre do segundo 25 de Abril, era já o ano de 1975, e o crepúsculo deslizaria fresco e multicolor ao encontro de uma outra palavra: ESPERANÇA.

Assim se tem insistindo na jornada… entre a liberdade e a esperança. Liberdade, porque a democracia só vive com ela; esperança, porque, em cada acto consultivo do povo, nas urnas, é uma renovada esperança de estabilidade política e de retoma económica.

As repúblicas no fundo têm-se mostrado tão falsas (e tão pelintras) como a monarquia, pois a miséria grassou sempre, basta lembrar várias épocas históricas do nosso País. As dividas ao estrangeiro, o descontrolo da balança económica, os baixos salários, a precariedade do emprego, o aumento do custo de vida… para uma derrotada classe média e para as classes baixas.

Por outro lado, o crepúsculo, triste e admirado, mostra-nos o quanto a classe política se tem mostrado hábil, matreira e sábia nas suas artes de politiqueira barata, que só a ela beneficia, com as mais diversas artimanhas, acumulando descréditos.

De que POVO então se fala quando é esse POVO que paga todas as facturas da má governação de um País? Que saco de gatos é este que arruína os bolsos dos mais necessitados e enche os bolsos das suas clientelas políticas?

Então, em cada ABRIL cantam-se fantasmas idos, mortos e enterrados em 1974, mas não se muda nada do que se instalou. E lá vamos nós voltar sempre à jornada da ESPERANÇA em dias melhores… Para quando? Pergunta o crepúsculo, vendo a noite cair, como se fora uma simples noite de fábulas, porque as noites feitas de realidade são cruas, gélidas e tremendamente angustiantes.

Leia este tema completo a partir de 23/05/2011