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Recordar o Raizonline - Trabalhos de números de arquivo - O «Fecha Corpo» - Antônio Carlos Affonso dos Santos - ACAS - Monte Alegre do Sul - Publicado originalmente na Edição nº XVII, II º numero de Abril de 2009

 

Recordar o Raizonline - Trabalhos de números de arquivo - O «Fecha Corpo» - Antônio Carlos Affonso dos Santos - ACAS - Monte Alegre do Sul - Publicado originalmente na Edição nº XVII, II º numero de Abril de 2009

 

Durante a semana santa do ano de 2008, estive passando uns dias à guisa de descanso, visto não ter férias há mais de dez anos, em Monte Alegre do Sul, interior de São Paulo. Vencer o estresse; esta era a razão para estar em Monte Alegre do Sul, uma charmosa Estância Balneária, engastada entre as montanhas.

 

Montanhas estas cobertas de verde, onde ainda nos dias atuais habitam macacos, siriemas, tucanos e tatus. Tendo limítrofes os municípios de Amparo e Serra Negra. A cidade de Monte alegre do Sul é a menor entre as vizinhas com exceção, talvez, de Pinhalzinho; para nós que trabalhamos como «terceirizados» (sem contrato empregatício), qualquer final de semana num hotel charmoso numa cidadezinha ainda mais charmosa, vale como férias e ajuda a diminuir as tensões à que estamos sendo submetidos, nestes tempos de globalização.

 

Na manhã de 21/03/2008, sexta-feira Santa, a cidade de Monte Alegre do Sul recebeu um grande número de turistas, dentre os quais eu e a Dirce, minha esposa, para participar da tradição cinqüentenária do «Fecha Corpo», que acontece na casa da família Valente, defronte à praça central.
Lá, as pessoas recebem gratuitamente uma dose do «remédio espiritual», como é chamada por alguns, para «fechar o corpo» contra mau olhado, inveja e outras doenças do espírito. Havia uma fila de cinquenta pessoas, logo às nove da manhã.

Embora não acreditasse, voltei naquele mesmo dia, por volta do meio-dia e conferi a crença de quê aquela dose de cachaça, curtida com guiné, arruda e mel acompanhada de um naco de pão com sardela, pudesse atrair tanta gente.

Neste horário, meio-dia, cumpria-se aquele mesmo ritual, só que agora se misturavam na Praça Principal, defronte a igreja Matriz, uma multidão: católicos e umbandistas, evangélicos e espiritualistas. O religioso e o profano, numa mistura de crenças, esperanças, curiosidades e deslumbramentos.

 

A cidade fervilhava de gente ao meio dia. Suas pequenas e centenárias ruas, já não comportavam tantos carros. Já havia um enorme congestionamento na cidade e os carros formavam uma espécie de comboio gigante, que não permitia mover-se. Tudo parado, tudo travado; e a fila para receberem o «fecha-corpo» nunca diminuía, ao contrário, espichava-se.

 

Leia este tema completo a partir de 18/07/2011

 

 

 



16/07/2011
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