Um conto da oratura de Cabinda - «Cabeça de pungo destrói casamento» - Por Seke Ia Bindo (texto do Jornal de Angola recolhido por Gossiante Patissa)
Um conto da oratura de Cabinda - «Cabeça de pungo destrói casamento» - Por Seke Ia Bindo (texto do Jornal de Angola recolhido por Gossiante Patissa)
Era uma vez uma menina muito bela e delicada, que os pais tratavam como uma princesa. A mãe queria ensinar-lhe a cuidar da casa mas ela só gostava de brincar e quando saía da escola, ia para as praias de Lândana contemplar as ondas do mar e imaginar castelos e príncipes encantados, para além do horizonte. O mar era a casa grande de Nyongo, o pasto dos seus olhos sonhadores.
O pai era pescador e trazia todos os dias para casa o melhor peixe que apanhava no alto mar. Umas vezes trazia corvinas, outras vezes pungos e garoupas de águas profundas. Como gostava muito de zifu zi yangu, a mãe arranjou uma pequena grelha onde preparava as refeições da família.
A grelha era tão pequena que ela tinha que cortar a cabeça do peixe, quando ia assá-lo no carvão de fogo brando. Nyongo detestava aquele trabalho e quando via a mãe cortar a cabeça do peixe, ia para a rua e só regressava quando sentia o cheiro do peixe grelhado.
Um dia apareceu um rico homem, pedindo a mão de Nyongo em casamento. Os pais ficaram muito felizes, porque a sua princesa ia ter uma casa grande, boa vida e havia de ser respeitada por ser esposa de um homem poderoso.
A mãe aconselhou Nyongo a aceitar o pretendente mas ela pôs uma condição:
- O meu marido tem que arranjar quem cozinhe. As minhas mãos não servem para lidar com o fogo e os meus olhos não podem ser toldados pelo fumo. Eles só gostam de se espraiar no mar.
Leia este tema completo a partir de 20/8/2012
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