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Um conto de Roberto Kusiak - O Silêncio da Dor

 

Um conto de Roberto Kusiak - O Silêncio da Dor 

 

 

Hoje estou sozinho em casa. é aniversário da Camila. Ela vai passar uma semana na casa de sua mãe. Será bom para ela, apesar de todos os desentendimentos com sua família ao longo dos anos. Família é família, por mais que se tente cortar os laços, está no sangue. E no final, querendo ou não, é tudo o que me resta, não importa o defeito que tenha, a sacanagem que faça, é sempre família. Ela tem sorte, ou azar de ter a sua por perto. Comigo é diferente.

 

Estou cansado, com as narinas entupidas de escapamentos e asfalto. O corpo já não dói mais, está amortecido depois de uma semana ininterrupta de trabalho. A criminalidade na cidade até que diminuiu. Nessas horas é que trabalhamos mais. Engana-se quem pensa que polícia trabalha mais quando prende, ao contrário, quando há prisões demais, significa que a prevenção falhou.

 

Polícia boa é aquela que evita o crime, não a que corre atrás dos criminosos. Já fui muito criticado por conta desse pensamento. Já fui acusado de perseguição. Mas é assim que tem que funcionar, pressão e mais pressão em cima da malandragem. Não devemos dar espaço para agirem. E nisso sou bom. O terror psicológico funciona mais que uma botinada na cara.

 

Conde, Vlad, Vamp, Nazista, Terrorista, Demônio. Estou me lixando para adjetivos. Polícia na rua tem que ter cara de Pitbull com fome ao invés de ficar de braços cruzados com raiva por ter que trabalhar, como já vi dia desses.

 

Leia este tema completo a partir de 11/6/2012

 



10/06/2012
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