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Um conto de Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz - Sexta-feira treze de agosto

 

Um conto de Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz - Sexta-feira treze de agosto

 

Ao acordar percebi-o sentado na cama, aos meus pés. Aparência enternecedora e bela, pela estrutura corpórea imaginei-o bem alto, além do que me sorria com a alvura de todas as nuvens juntas. Esfreguei os olhos, ainda sonolentos.

 

 Entre assustada e surpresa percebi que era observada por um jovem de estatura mediana, olhos azuis, calça branca caída à cintura, não usava cinto e nem meias, o que me relembrou alguma coisa agradável da infância, mas não saberia dizer o que. Com os olhos, busquei o homem belo e não mais o encontrei.

 

Ao lado da nova aparição, dois espectros entoavam uma canção silenciosa, oferecendo-me ternura e segurança. Sorri levemente e abaixei os olhos.

 

 Ao elevá-los, novamente, um pequeno ser com várias cabeças olhava para trás; duas erguiam-se com galhardia, sendo uma delas parecida com a de um príncipe encantado e a outra muito feia, embora não fosse ameaçadora e atraía-me em demasia; pendida para o lado, de forma triste, a terceira cabeça exibia traços de um anjo, mas não me preocupei com esta; outra, acovardada, escondia-se atrás do pescoço único, como se fugisse do meu olhar.

 

 Instantaneamente, tudo esvaneceu-se e um jovem, mais para gordo do que magro, cor amorenada e olhos rasgados, sorria-me aliciador; às suas mãos um fio de sangue muito puro escorria para dentro de uma ânfora de ouro cravejada de brilhantes e rubis, que se encontrava aos seus pés. Embora fosse tudo meio encantado, não me senti bem ao grito de dor, incontido, que retalhou o meu pensamento.

 

Leia este tema completo a partir de 30/4/2012

 



27/04/2012
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