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Uma crónica de Edvaldo Rosa - Luz de Farol...

 

Uma crónica de Edvaldo Rosa - Luz de Farol...

 

 Borges foi ter comigo, um dedo de prosa, na sala lá de minha casa. Confesso que por mais atenção que lhe tenha dado, um pouco de sua fala, constituiu-se em enigmas, deixados para que o correr do tempo tente decifrar...

 

Como fluem as palavras de Borges, rio caudaloso, que sempre desemboca no mar!
 E como o mar de Borges é imenso! Como são ao mesmo tempo intensas as forças de suas águas e profundas... Talvez a não interação com sua fala, tenha sido um medo presente em mim, de deixar-me naufragar... Ou ainda, talvez o que me constitui não tenha peso, para que eu me aprofunde em águas tão densas...

 

Mas, um encontro assim, com um mestre da palavra, deixa por mais tênue que seja marcas em nossas consciências, qual feridas abertas, que doem tanto, enquanto o tempo não às venha fechar...

 

Fiquei pensando nas palavras, oriundas da boca do mestre, sabendo que sua nascente, precede a apreensão que ele, Borges, fez delas no decorrer de sua vida quase centenária!

 

Em «undr» arrepiou-me os cabelos a ideia de que o entendimento do que se passa, do que se vive, é mister das últimas horas... Entende-se a vida, somente quando estamos prestes a perdê-la! E da compreensão dos velhos, quase moribundos, apenas conseguimos ter um precário entendimento.
Seria esta a mensagem do velho mestre?

 

Leia este tema completo a partir de 23/4/2012

 



21/04/2012
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